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Porquê? Mas porquê? Porquê complicar?!

Alguém me explica, com jeitinho, porque é que os políticos têm de fazer campanhas dando beijos às pessoas e tentando ser as coisas mais simpáticas e carismáticas à face da terra? Eu não preciso que eles sejam simpáticos, apenas competentes (podem até ser carrancudos e feios!). Para quê tanto dinheiro gasto em cartazes e photoshop nas fotografias? Porque é que têm de estar sempre bem vestidinhos? Porquê??! Porquê... se quando abrem a boca deitam por terra toda aquela ilusão? Porque é que não se gasta esse dinheiro numa plataforma que permitisse dar a conhecer a mensagem de cada um, de forma simples, sem tanto teatro nem acusações mútuas (que muitas vezes apenas evidenciam a falta de argumentos próprios...), sem mordomias nem "elegantisses". O povo não percebe nem nunca vai perceber estes partidos políticos que falam de forma técnica e que se acabam sempre por misturar entre eles. Sente-se que não há um ideal sólido. Sente-se que cada um se agarra conforme lhe dá jeito, e isso é prenúncio de desunião, de dispersão de energia, e pior, de catástrofe... Estamos sem rumo...

Ou são eles ou é o povo que anda trocado. É errado eleger alguém que vai decidir por nós aspectos importantes das nossas vidas baseando-nos apenas na imagem física que essas pessoas transmitem. E o conteúdo?! Como se fossem como um produto (peço desculpa mas é assim que os vejo hoje em dia!) que é dado a conhecer ao mercado através de uma massiva estratégia de marketing. Ele é folhetos e canetas e berloques coloridos como se se tratasse de alguma festa a eleição política. Deveria ser uma coisa séria, isenta, honesta e directa!

Não deveria o povo ter a obrigação de se informar sobre os candidatos, ouvi-los sobre as mais diversas matérias, saber ao certo o que defendem? Isso e os candidatos apresentarem-se tal qual como na realidade são, com  as habilitações que realmente têm, e mostrar que estão de alma e coração na prossecução do bem nacional. Há algum assim? Se o virem avisem!

Continuo a achar que o futuro passa pela eliminação de partidos políticos (vulgo jobs for the boys). O governo tem de passar a ser constituído por pessoas que se destacam a nível intelectual e profissional, e também pessoal claro (sei que bons líderes precisam de carisma). E o vencimento de deputado (nacional ou europeu) deve ser mínimo. E todos, sem excepção, desde os deputados aos que estejam em cargos de direcção de instituições públicas, e por adiante na hierarquia dessas instituições, devem poder passar a ser responsabilizados a nível individual e pessoal pelas decisões que tomem na sua actividade que venham a comprovar-se serem prejudiciais ao País, à Instituição. Sempre que uma decisão venha a revelar prejuízo financeiro, económico ou social, deve instaurar-se um processo imparcial de averiguação sobre se houve ou não dolo e corrupção na tomada dessa decisão. Em caso de haver indícios e prova de corrupção e má gestão consciente devem sim ser os decisores responsabilizados com o seu património pessoal, prisão, e expulsos de funções públicas. Concordam com isto?

Se não houvesse corrupção e se aqueles pressupostos fossem aplicados tenho a certeza absoluta de que aqueles que se creditariam a cargos de governo exerceriam a sua actividade de forma dedicada, honesta e justa. E aí sim, cresceríamos como povo, país e nação. Utopias... hummmm


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