Mina - Portugal 2009 Não encontro o meu caderno de pensamentos e reflexões. Algumas sem sentido, é certo, mas no momento em que foram escritas tinham toda a razão. E eu deixei-as acreditar nisso. Dei-lhes alguma liberdade e não as censurei. E elas se escreveram, as palavras. As minhas palavras que não são de mais ninguém. E agora não sei delas. Um silêncio cá dentro porque cada vez mais sinto que não vale a pena dizer nada. Que mesmo que falemos raramente somos ouvidos. Que mesmo que olhemos é melhor que não vejamos. Caminho então por aí em busca dessa normalidade tão bizarra para mim. E ando assim. Mesmo sabendo que isso não muda nem altera nada. A ver se descubro o meu caderno... Há palavras que me enchem de interrogações. Qual a diferença entre começar e iniciar, dar e oferecer, querer e desejar, colocar e pôr, falar e dizer, correr e fugir, fazer e realizar... entre outras?