A profundidade do olhar. Até quão (pro)fundo conseguimos ver e apercebermo-nos das coisas? Onde fica o horizonte?
Diz-se que o Horizonte é aquela linha invisível a partir da qual deixamos de conseguir exergar as coisas com nitidez. Há até quem o defina como o resultado da intersecção entre a terra e o céu. O horizonte é por isso mesmo, e por si só (!), conceito de algo muito distante, o sempre além das nossas capacidades... o "mais longe".
Diz-se que o Horizonte é aquela linha invisível a partir da qual deixamos de conseguir exergar as coisas com nitidez. Há até quem o defina como o resultado da intersecção entre a terra e o céu. O horizonte é por isso mesmo, e por si só (!), conceito de algo muito distante, o sempre além das nossas capacidades... o "mais longe".
Foi ao contemplar um magnífico horizonte na planície, daqueles em que o azul do céu parece fundir-se perfeitamente no verde e amarelo dos campos, que me assaltou a questão: Qual é então a profundidade do olhar? Do nosso limitado olhar? Qual o limite das nossas limitadas capacidades? Não apenas do olhar para as coisas, mas sim de vê-las e percebê-las.
Cada pessoa é única e tem o seu próprio horizonte. Cada um é o resultado do seu código genético, da sua educação, do meio em que vive e das experiências por que passou, e assim o limite de visão ou percepção é variável de pessoa para pessoa. Obviamente que, cientificamente aceita-se que consigamos observar com alguma definição até 5 km de distância e isso aplica-se ao humano normal, mas não é esse olhar que estou aqui a falar. Aquilo que me pôs a pensar é o gostar de conseguir definir visualmente também o "espaço de manobra" de cada um.
Olhar para o horizonte é algo que induz serenidade.
Se tentarmos fixar o olhar por algum tempo naquilo que pensamos ser o horizonte, o antes infinito (de todas as perspectivas) passa gradualmente a transformar-se num pequeno ponto que resulta do nosso esforço de concentração. Quererá isto dizer que quanto mais queremos ver e perceber menos nos é mostrado, ou, por outro lado, se conseguirmos ir mais além, chegamos a um ponto que, ainda que ínfimo, nos revele que mais além...é apenas mais além (não é diferente do aqui e agora). Vale então a viagem, o esforço e o conhecimento adquirido.
Tenho cá para mim que o horizonte do nosso olhar é o limite da nossa percepção. E que a nossa percepção é mais abrangente do que a nossa visão. Assim, o que encontramos no nosso horizonte já corresponde a tudo aquilo a que não conseguimos chegar.
Comentários
Podemos calcular a distancia ao horizonte com base na altura a que estamos (http://www.horta.uac.pt/intradop/utilidades/horizonte.html), ou seja o horizonte só terá a mesma distância se as duas pessoas se encontrarem em situações ideais e a alturas semelhantes!
A visão já é outra coisa... Esta, no que toca a distancia, apenas tem limitações em relação ao objecto que pretendemos visualizar! Uma estátua a 5km é tão perceptível como uma criança a 500m (de dia)! Tal como uma luz a 10km é tão perceptível como uma estrela a milhões de milhões de milhões de km's!=D.
Claro que só saberemos se o que vemos é uma estátua de um deus ou de um escritor quando nos aproximamos... Ai já poderemos afirmar que o que nos falta é nitidez não alcance! De qualquer forma o olho não tem "alcance" máximo, isto porque ele apenas recebe luz. O mais importante de realçar é que após receber essa luz, seja de uma fonte directa ou indirecta, o cérebro irá interpretar essa informação… E ai é que está a magia da visão! Podemos assumir que certo objecto é o que é apenas com uma silhueta ou um vislumbre do mesmo… Mas isso são apenas memórias, intuição e por vezes um toque de sorte!
@Love U
@Love U!;).
Beijão, Love You Too. ;)
Sempre tive e tenho vontade de saber - "conhecimento".
Ao lermos "horizonte na viagem do saber" e falar na bonita linha do horizonte é ser limitado. Para mim está relacionado com aquilo que pretendemos fazer no que respeita à nossa evolução intelectual.
Quando estava a estudar no secundário, o meu Horizonte na "viagem do saber" era conseguir acabar um curso superior e bazar para outras bandas para conhecer outros Países. E assim foi...
É assim a minha interpretação sobre "O Horizonte na viagem do saber", é aquilo que realmente vislumbramos como sendo ou como queremos que a nossa evolução seja.
Nesta viagem, há muitos aspectos que podem ser caracterizados e que podem descrever esta viagem para cada um de nós. Para muitos foi um esforço, para outros foi um prazer, ou não foi produtiva, ou para muito nem tiveram oportunidade de ter acesso ao saber.
Quantas crianças não hipóteses de estudar/aprender e algumas até morrem de fome. Há muitas injustiças e muitos não podem fazer qualquer viagem, nem a do saber nem outra.
Se pararmos para pensar e perguntarmos – “o que queres aprender/fazer/evoluir nos próximos anos?”. Claro que a resposta depende muito de cada um, mas gostava de dar uma sugestão - é melhor investir no que se gosta para esta viagem não ser um esforço mas um prazer.
É possível ver que no ensino, que despertar o interesse das crianças para algo é o que permite uma aprendizagem mais fácil. Na minha humilde opinião isto aplica-se às crianças e adultos.
É mesmo assim. Aprende-se facilmente quando estamos num viagem que queremos fazer.
Um beijinho.
Claro que a vida é uma viagem. A percepção do horizonte enquanto seja tudo aquilo a quanto aspiramos, as nossas expectativas portanto, deve ser algo que nos guie para chegarmos ao que pensamos precisar. Se essa viagem for o mais fácil ou aprazível possível, então tanto melhor!! ;)
beijinhos!