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Parvoíces!

Ver as coisas como elas são ou realmente acontecem é algo impossível porque a quantidade de factores que influenciam a forma como cada um filtra a informação que recebe é extraordinariamente enorme e simultaneamente única de indivíduo para indivíduo.
Assim, é quase um milagre dentro da probabilidade que póssamos atribuir à própria coincidência que indivíduos diferentes consigam aperceber e sentir uma dada informação de maneira tão semelhante que produza exactamente o mesmo tipo de reacção e os mesmos pensamentos e raciocínios.

O que é afinal de contas um pensamento? Será mesmo preciso fazer contas para responder a uma coisa destas?
O que é um raciocínio? Este talvez seja uma associação de pensamentos lógicos. Ou não.... lógicos. Quem é que define o que é lógico ou não?

Ora bolas.... hoje tenho pensamentos demasiado inquietantes acerca de questões que (e por isso mesmo são inquietantes), muito provavelmente, não me levarão a lado nenhum. Um contra-senso, eu sei, e também sei que menos com menos dá mais... então talvez elas me levem a qualquer lado. Um sítio qualquer onde não sinta esta necessidade parva de fazer este tipo de questões. E aí encontrarei finalmente paz.
Assim se corta todo o mal pela raíz: se algo te inquieta não tentes perceber porquê (porque é muito provável que nunca o venhas a entender), tenta isso sim jogá-lo fora. Mais cedo ou mais tarde, entenderás... não o significado daquela inquietação mas simplesmente que não vale a pena inqueitarmo-nos.

Rendo-me!

Comentários

João Bento disse…
No meu ver...
E é sempre bom começar com este pressuposto!

Acho que existem pensamentos/raciocínios quase "universais", bem como outros tantos que só fazem sentido na cabeça de cada um!
Por exemplo:
"Universais" - Na nossa sociedade, hoje em dia, quando alguém rouba sabe que está a fazer algo de mau/errado.
De cada um - Para uns comer cabeça de porco assada é algo maravilhoso enquanto que para outros tantos isso é repugnante!

A dificuldade no meio de tudo isto é coincidir o que pensamos/raciocinamos com aquilo que está predefinido (pensamentos/raciocínios universais). Até porque muitas dessas ideias "universais" são muitas vezes transformadas em leis! Outras tantas impostas pela sociedade em que estamos inseridos.
Agora vendo de uma perspectiva mais pessoal (e tanto que gostas de perspectivas), acho que tudo o que pensamos está tão correcto quanto o que queremos acreditar no nosso próprio pensamento!
Existem pensamentos que por vezes nos surgem, naqueles momentos em que tantas outras coisas nos fazem matutar, nesses momentos tanta coisa faz sentido, tanta coisa muda, novos horizontes... Mas nessas alturas entra o nosso raciocínio lógico e repensamos mais uma vez as coisas, até que tudo entra em equilíbrio! Um equilíbrio interno que só temos quando sabemos que tudo o que pensamos e queremos está correcto!=D.
Todos os dias, bons e maus, fazem parte da nossa vivência... Mais vale utilizar todos os pensamentos/raciocínios que temos de forma a evoluir como pessoas!=P.

@Love U!=DDD.
Ana Dionísio disse…
Ora falou e disse o sr dr Joanito :D

Claro que sim, devemos tentar harmonizar o nosso pensamento interior com aquilo que nos é transmitido pelo exterior. Não porque ache que isso nos faz bem ou seja saudável, na minha opinião, é apenas algo que temos de fazer para podermos viver relativamnte bem uns com os outros... em "sociedade".

O homem é um ser social e precisa dos seus semelhantes para alcançar os seus objectivos, sejam eles físicos ou emocionais. Por essa razão somos naturamente impelidos a tentar pensar e aceitar essas coisas que referes como universais. Porque essas são as coisas que de alguma forma podem regular o nosso comportamnto geral uns com os outros.

No entanto, creio que cada pessoa é um mundo. Interessante e único. cada pessoa transporta em si uma potencialidade única de criar...porque os pensamentos desse ser não pertencem a mais ninguém e são fruto da combinação única de que cada um é feito e educado.

Eu sou um bocadinho individualista. Tento não ser porque isso me afasta dos outros e no final acabo sempre por concluir que o preço que pagamos para sermos assim tão nossos, tão livres de tudo é demasiado elevado para a (aparente) satisfação que nos pode trazer. De facto, a solidão não faz mesmo sentido.

E olha....parafraseando o cantor Jorge Palma..."encosta-te a mim"!! que é como quem diz "junta-te a mim" porque a partilha faz com que a vida fique muito mais interessante e rica. ;

Love You too ;)

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