Johnny Depp como Don Juan
O filme já tem uns aninhos mas eu só o vi agora. E foi porque há pouco tempo ouvi uma música já antiga do Bryan Adams (have you ever really loved a woman) que fez a banda sonora do filme e é uma música de que sempre gostei. Não apenas por realmente ter algo de especial, uma sonoridade e letra muitos bonitas, mas, e curiosamente, faz-me rir porque me faz recordar de uma coisa caricata... :)... numa bela tarde de há uns anos atrás uma mulher que costumava fazer venda ambulante e passava todos os dias na rua onde eu vivia, estava, naquele dia, encostada à sua carrinha, cantarolando a música (esta!) que estava a tocar no rádio, alheia do mundo com um sorriso nos lábios daqueles que não conseguem esconder que a pessoa deve estar completamente in love... pois bem, até aqui nada de anormal correcto?! Não fosse o caso desta mulher ser, até àquele preciso momento e todos os santíssimos dias até essa data reveladora, uma mulher rude, brusca, respondona e até um pouco máscula!! Até aí a imagem que eu tinha dela era de uma mulher algo «machota», daquelas que gostam de mandar (vulgo "mandona"!!!), que parecem não ter sentimentos e são pouco dadas a demonstrações de afecto!! Ora uma pessoa acostuma-se a ver assim uma mulher guerreira e de repente encontrá-la encostada quase a deixar-se cair de tão apaixonada a murmurar uma canção com um sorriso parvo nos lábios.... é caso para rir ou não?!? Pois foi o que eu fiz. E isto ficou só entre mim e ela, penso eu. Não estava lá mais ninguém e ninguém chegou nesses entretantos. Eu pedi o que queria, ela entregou-me, eu paguei e agradeci. Quando já estava de abalada, quase a virar-lhe costas ela sorriu para mim e disse-me: "eu não percebo nada do que ele diz, mas gosto muito desta música.....aiiiiiii!!!". Pois, eu já tinha percebido... e achei aquilo lindo...
Quanto ao filme (produzido por Francis Ford Coppola) gostei! Conta a história de um rapaz (Jonnhy Depp) que usa uma máscara negra e certo dia tenta suicidar-se. Um psiquiatra (Marlon Brando) consegue fazê-lo mudar de ideias e tenta ajudá-lo, sem nunca esperar que a história (real ou ilusória) de vida daquele rapaz mudasse a sua própria vida (conjugal entenda-se!!). O rapaz, sedutor e romântico incurável, afirma ser Don Juan DeMarco e conta ao psiquiatra a sua história. Perdeu o seu grande amor e está deprimido. Acha que, mesmo conseguindo ter todas as mulheres do mundo, a vida deixa de fazer sentido sem aquela que realmente lhe importa e a quem realmente ama. Uma lição de vida sobre o amor romântico, poético e passional.
Comentários
Ainda não vi esse filme mas também gosto muito da musica. Beijinhos