Às vezes ela pergunta-me porque é que isto tinha de acontecer. Eu já lhe disse tantas vezes que não sei, que mais não sei o que lhe hei-de dizer. Deixa de existir um só sentido e uma só definição para o correcto e para a verdade. E no decorrer nos dias debatem-se a ferro e fogo a coragem e a saudade. Sentimento tipicamente português, dizem alguns. Mas quem sente sabe que a saudade é alheia a países ou culturas. É uma coisa que vive no coração da gente. É algo que torna o ausente... presente. E ela sente. Sente também que a sua cabeça anda numa tal confusão, que é difícil, tão difícil ouvir o seu coração. O que mudou ou não, não interessam agora. Porque é que isto tinha de acontecer? (Pergunta-me ela novamente.) E eu respondo: Agora não. Não agora. Isso não é pergunta para se fazer a esta hora! Boa noite.
Sou a Ana. Gosto de pensar sobre coisas. Gosto de apreciar coisas. Gosto de escrever sobre coisas. Gosto de fotografar coisas. Na verdade gosto... de muitas coisas! Partilho aqui um pouco desses gostos e dessas coisas.