Hoje.
Hoje não foi um dia como outro qualquer.
Hoje tive medo de perder a minha mãe.
E portanto senti também o medo de perder cada uma das pessoas que amo e que me são importantes.
Hoje tive medo, por não saber tudo sobre todas as coisas.
Hoje foi mais clara, e senti mais de perto, a fragilidade da vida e do ser.
Tive medo do que possa vir a acontecer.
Tive medo da inevitabilidade da doença e da morte.
Tive medo do sofrimento. E por isso sofri.
Tive medo de não entender porque é que isso acontece.
Hoje senti vontade de cantar, de expressar e libertar como antes.
De regressar à unidade das coisas e ver o sentido dos acontecimentos.
Hoje senti vontade de ir para àquele sítio que só eu conheço, algures em mim.
E de lá ficar quietinha, a pensar calmamente nas coisas e a aprender a aceitá-las de uma vez por todas...
Hoje senti também vontade de chorar. E chorei. Perdida como um bebé.
Hoje muitos cenários e possibilidades me passaram pela cabeça.
Muitos pensamentos e emoções aos encontrões num remoinho de ansiedades.
Hoje dei ainda mais valor a cada momento que passo com as pessoas que amo.
E senti-me eternamente grata por poder viver esses momentos.
Cada cheiro, cada gesto, cada olhar, cada expressão, cada toque, cada beijo, cada palavra e cada conversa são pedras preciosas neste baú de experiências que é a vida.
E a vida mais cedo ou mais tarde tenta ensinar-nos isso mesmo: que não passa de uma experiência, efémera e impressionantemente leve. Como um ténue sopro ou uma suave brisa que sintamos no rosto.
E de nada nos vale preocupar ou cismar, ou tentar antever ou entender as coisas, porque elas sempre acontecem como tiverem de acontecer. E assim sempre será. Será sempre assim em todas as suas vertentes, espectro e gradação evolutiva. O conjunto de todas as perspectivas será sempre a alegria, a união e o consenso.
16/01/2013
Comentários
Amo-te (E obrigadinha...xD.)
Está tudo bem.... e sim, é maravilhoso ver-mos bem quem amamos.