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O poder da Educação

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."

Nelson Mandela
 (fui buscar esta frase não apenas porque se adequa perfeitamente ao assunto que exponho mas também para prestar homenagem a uma das figuras mundiais por quem tenho imensa admiração e carinho.)


Não, não vou falar nem comentar as greves dos professores nem a sua luta em Portugal. Venho falar de Educação de uma forma geral. De Educação enquanto meio único de instrução, formação e desenvolvimento do ser, de uma pessoa, de uma comunidade, de um país, do mundo! Somos o que somos por via daquilo que experienciamos, do meio onde vivemos e acima de tudo pelo que e como somos educados. Esta educação é feita pelos nossos pais, pela nossa família e círculo de amigos, pela escola, e por aí adiante, de tal forma de a comunidade onde vivemos também influencia a forma como vemos e sentimos as coisas. O exterior influencia a nossa perspectiva das coisas, e a nossa perspectiva influenciará o exterior. É nesse sentido que a Educação é a mais poderosa arma que se pode ter para determinar as decisões tomadas e por conseguinte o rumo do mundo. O nosso Mundo!


O direito à educação é um direito universal. Há tantas crianças para quem a escola é uma coisa chata, uma obrigação, um tem de ser porque lhes é dito que é assim e pronto, que nem se apercebem que há outras crianças que gostariam de ir à escola e poder aprender e não podem. Não as deixam ou não há meios para o fazerem. Para os cidadãos do mundo dito desenvolvido ter acesso à educação é uma coisa praticamente garantida e talvez por isso nem nos apercebemos do valor que isso tem, esquecendo-nos muitas vezes que em muitos países do mundo a milhares de crianças é-lhes negado esse direito, marcando e vaticinando definitivamente o seu desenvolvimento, as suas vidas e o seu próprio país. Em última análise será sempre agravado o fosso entre os povos no mundo e nunca conseguiremos utilizar todo o nosso potencial precisamente porque há demasiada disparidade entre pessoas e países. A união permanecerá para sempre uma utopia.

Acredito veemente que a educação de hoje das crianças de hoje será amanhã a justificação do mundo de amanhã.

Vejam então este vídeo muito bonito (sobre um de muitos sítios onde se nega o direito à educação) e já agora aproveitem para ajudar uma causa muito nobre.

Comentários

João Bento disse…
Eu penso da mesma forma, apenas com algumas nuances...
A educação deve ser um direito universal, mas, e como tudo tem um mas, só para aqueles que querem! Não concordo com o ensino "obrigatório", penso que é abusivo... Ou pelo menos não até ao 9º ano! Em vez disso poderiam formar jovens que não queiram estudar em profissões que cada vez mais são valorizadas!
Canalizadores, eletricistas, etc etc... Sim, porque já vemos falta destes ramos na sociedade e isso vê-se no preço praticado nos que existem...

Ensino profissional (aprendizagem prática) que até poderia ser seguida por tutores e avaliada! Um ensino diferente e que ao contrário do que muitos pensam iria trazer muito ao nosso País!
Ana Dionísio disse…
Mas eu também acho que se devia mudar um bocado o rumo das coisas e é por aí... Fazer com que as pessoas percebam que hoje em dia há muito desemprego para licenciados e há falta de mão-de-obra em algumas profissões específicas (tais como as que referiste)que não requerem uma licenciatura, e por haver tanta falta deles é que por isso hoje conseguem ganhar às vezes mais dinheiro quando comparados a detentores do "canudo". Ir para a universidade deveria ser por vocação e por notas de efectivo valor (não notas de ter passado para melhorar as estatísticas de sucesso escolar da escola e do país em geral). Há muito burro e preguiçoso que chega ao nível universitário e eu nunca percebi nem porquê nem para quê. Pq a maior parte estão lá obrigados, a fazer vontade aos pais. Eu entendo que para um pai ou mãe é melhor ter mais habilitações para ter melhores condições de vida, mas a realidade já não é essa! Ir para a universidade e tirar o curso pode significar vir a ter melhor nível de vida mas primeiro precisa de encontrar-se em trabalho e o mercado está saturado de tanta habilitação. Não sei como serei um dia com os meus filhos, mas para mim a atitude correcta actualmente seria conversar com eles, saber o que gostam mm de fazer, ver quais as possibilidades de formação, ver se ir para a universidade será mm o melhor investimento... Não quero com isto dizer que nem todos merecem ir para a universidade. Ir para a universidade devia ser mais dificil. Só deveriam entrar (e depois sair) os melhores dos melhores porque esses seriam os que viriam a ser os melhores profissionais. Desejo a toda a gente o melhor e as melhores condições de vida, e isso passa por não andarem contrariados em cursos que afinal nem lhes dão emprego. Os pais querem tanto bem aos seus filhos que não se apercebem que os podem estar a jogar no caminho contrário àquele que ambicionam para eles.

Outra coisa muito preocupante e alarmante é no meu ver, não apenas saber que muitos que acabam os cursos não têm efectiva capacidade de trabalho e por isso têm um curso mas não acrescentam valor, mas sim saber também que, com Bolonha, é um bocado duvidosa a qualidade dos cursos superiores actuais. É tudo tão rápido e tão poucochinho conteúdo leccionado que muito sinceramente não metia as mãos no fogo por pessoal que acaba curso e mestrados e o diabo-a-sete mas depois se for preciso não sabem nem nunca ouviram falar mais do que um miúdo com o 12º ano (e isto já é dar muito credito ao ensino secundário). Resumindo, sou completamente contra o facilitismo e o passar os alunos só porque se têm de melhorar as estatísticas de sucesso escolar. Isto tal e qual o empréstimo que contraímos para pagar outro empréstimo (lá se vai a santíssima trindade da troika)... é um tiro no pé.... porque estar a facilitar a ascensão de habilitações a alunos que nada sabem é garantir que o futuro será muito agreste com uma cambada de inaptos e estúpidos a gerir as casas, as empresas e o país. Aliás... esses efeitos já se começam a sentir... !!!

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