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Tão verdade... tão real

O que está escrito no texto que vos coloco aqui o link... é uma espécie de murro no estômago. Um murro seco e agri-não-doce. Por alguma razão tornei-me um bocadinho assim. Especialmente com uma pessoa em especial. Especialmente com uma pessoa ela própria muito especial (porque qualquer outra não o suportaria como esta o fez e faz). Eu antes era, ou achava que era, super descontraída, não gostava de fazer planos para nada, vivia descansadinha (apenas e só com os meus infinitos conflitos internos que fazia questão de manter só para mim), era tolerante, toda na paz e amor... mas de há um tempo para cá tornei-me (ou talvez se tenha agravado uma coisa que até já existia mas subtilmente) uma grandessíssima intolerante. Irritadiça. Zangada. Frustrada. Por vezes vejo que estou intransigente. Não tenho paciência para as coisas. Fico farta muito depressa. Cansa-me ouvir e falar sobre quase tudo. Expludo. Faço "31 por uma linha" ao mínimo desvio. Porque, por outro lado, tenho sempre imensa coisa (que arranjo) para fazer. Ora, sem tempo e com listas de tarefas intermináveis em mente a nossa cabeça entra em modo bomba-relógio. É impossível manter-mo-nos equilibrados nesse estado. E pronto.... o resto é conversa... quem sofre é quem esteja mais perto de nós e com quem nos sintamos mais à-vontade. 
No entanto eu fico contente com uma coisa. Tenho consciência disto. E sei quando estou a fazer mal. Isso é bom, não porque me faça sentir ainda pior como efectivamente faz, mas principalmente abre-me a porta para tentar resolver a situação. Respirar fundo, parar um bocado, relaxar e arranjar forças para mudar. Mudar para melhor (sim porque para pior já temos o Governo...:D). Mudar para ser mais feliz e poder fazer mais felizes aqueles que sempre me apoiam e me amam mesmo quando eu lhes estou dando murros, no estômago. Sei muito bem quem são e o que são. E nunca esquecerei isso.


Adenda: Acrescentar às tarefas investigar de onde vem a expressão "31 por uma linha" e já agora o "tempestade num copo de água" que há-de ser sinónimo.

Actualização - ora bem. Parece que para além de intolerante e intransigente também ando confusa! A expressão "31 por uma linha" não existe. Embora seja uma coisa que até diga bastantes vezes.... ooops! Existe sim "30 por uma linha" e diz que significa uma carga de trabalhos.... http://aldacris.wordpress.com/2008/12/18/fazer-trinta-por-uma-linha/

Comentários

TugaSemNome disse…
" E sei quando estou a fazer mal. Isso é bom..."

Infelizmente ou felizmente não sei se é assim tão bom. Sei que isso é o que me caracteriza... sei prever, tenho consciência do impacto que uma acção minha poderá ter nos outros... mas vejo à minha volta pessoas que não o sabem... mas na ignorância desse acto por vezes têm vantagem neste mundo ão "cagar" para os outros.

As pessoas vivem na ignorância tendo a noção que sabem as coisas.
A verdade é tão simples.
Que mesmo dizendo-a elas não acreditam.
A nossa sociedade é uma fraude.
... esta crise é uma fraude.
Os nossos empréstimos são uma fraude.
O nosso sistema bancário é um fraude.
Dizem-nos que vivemos e que estamos num ciclo económico de recessão -> mentira.
Falar para que? Explicar para que ... as pessoas sabem tudo.
Estive a estudar alguma coisas sobre este tema.
http://www.youtube.com/watch?v=G9IH-XKQpOI
Este é a ponta para se tomar o gostinbho...

Sim sim... por vezes fico calado num mesa, pois fico sem vontade de dizer nada... a explodir. Tanta irrelevância, tanta ignorância, tanta treta que não server para nada.

Estou muito desiludido com estas gentes.
João Bento disse…
Tudo muda... É assim a vida! Resta lutar para que essa mudança seja boa, que nos faça feliz e completos!
Ana Dionísio disse…
Tuga sem nome.... pois parece-me que estás num ponto de saturação de toda esta teatrada que é no fim de contas a "crise" e o facto das pessoas, conscientemente ou não, se agarrarem a isso para justificar coisas bem mais graves como não querer pensar por si e mexer o cu (sorry!!) para mudarem o rumo das suas vidas e do seu país. Percebo o que dizes porque penso assim também muitas vezes, mas cuidado porque esse caminho é o da solidão...

;)
Ana Dionísio disse…
Sim, Jonhy Bento! A mudança quer-se é para melhor. Pelo menos tentar isso!! :)))) beijinhos!

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