Diz que a relação entre Portugal e Angola anda um bocadinho tensa.
Mas o nosso PR já veio dizer que pensa isto seja apenas um "mal-entendido". Oh Exmo..... almighty... wake up and smell the coffe please!
O que eu acho é que houve aqui muito sentido de oportunidade... As relações entre os dois países nunca foram boas ainda que as aparências dissessem o contrário. Existe sempre muita tensão nas parcerias e percebe-se que Angola apenas facilitava nalgumas coisas não por se sentir ligada a Portugal (que sempre se tentou redimir do seu papel de colonizador) mas sim porque esta era a única porta, principalmente devido à língua, para o mercado europeu, para o acesso a formação superior, e por essa via para o contacto com o mundo dito desenvolvido. A Angola actualmente não interessa Portugal. Somos uma espécie de corrente (denominada por História e enraizada na língua) que eles sentem ter agarrada aos pés mas da qual se tentam soltar já há muito tempo. Sinto até que Angola tem ressentimento. De nada serviram os perdões de dívida e acordos bilaterais de pagamento de dívida com taxa de juro baixa.
Angola pode não ter I&D nacional, não ter quadros de excelência e formação de topo dada no país, mas têm dinheiro e por conseguinte têm poder para atrair o que precisam. Pelo menos a elite angolana tem capacidade para enviar os seus elementos estudar na Europa e EUA e atrair investimento. Estão a crescer, têm recursos e poder, e é por isso que não lhes interessa Portugal... um país actualmente na bancarrota e que se anda a tentar empinar agarrando-se às paredes.
No entanto, se Angola voltar mesmo as costas a Portugal (o que muito sinceramente não acredito que faça porque esta situação me parece demasiado conveniente e apenas lhe eleva a posição negocial na cimeira que vai haver em Fev./2014) espero que o governo português se lembre de actualizar os valores da dívida angolana, exigir o seu pagamento imediato, com juros de mora justos, deixar de receber alunos angolanos nas nossas escolas e universidades, investigar verdadeiramente e concluir os processos judiciais em curso, encerrar todas as organizações de ajuda e apoio a Angola e incentivar todos os investidores portugueses a não irem para Angola. Amor com amor se paga.
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