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O meu dilema todas as noites



E às tantas da manhã:

Por um lado tenho uma Exma. Sr.ª Dona  cabeça que lhe custa muito desligar.... e a mim custa-me que ela assim seja! Porque sei que isso não é bom e muitos dias penso cá para mim "é hoje que me vou deitar cedo, e não fazer mais nada a não ser fechar os olhos e dormir", mas é-me imensamente difícil fazer isso. Leio sempre alguma coisinha, vejo sempre mais um ou outro mail, oiço música e penso nas coisas todas que ainda quero fazer. E só depois... já mesmo de rastos e por cansaço é que adormeço. Ou então se me puserem a ver um filme depois de jantar também é tiro-e-queda. 

Por outro lado tenho de confessar algo que me ando a aperceber e que quero combater. Estou viciada na informação rápida via smartphone. Uma espécie de fast-food, mas para o cérebro. Quando dou por mim lá estou de volta do telefone a ver as notícias, o tempo, a ver o facebook, o instagram,o youtube, a ver os mails... e isso para além de me lixar a vista com'ó caraças (!!), emite para o cérebro demasiados estímulos e actividade numa altura que seria de suposto repouso. Por conseguinte transforma-se num ciclo vicioso e muito perigoso. Começa-se por consultar o telefone ou o pc porque não se dorme, e quando damos por isso é precisamente esse acto que impede que tenhamos um sono descansado. Já me apercebi disso e vou tentar mudar, já! 
Não sei se sabem mas existem já clínicas de "desintoxicação" digital (sim sim isto é mesmo verdade...podem averiguar). E muito sinceramente, por mais ridículo que possa actualmente parecer, acho que vai ser um negócio de sucesso no futuro. Já se começa a falar em "demência digital" e vício de informação rápida (muitas vezes informação sem qualquer tipo de utilidade...). O nosso cérebro torna-se preguiçoso e começamos também a achar que tudo na vida tem de ser imediato e rápido tal qual a informação nos é dada pelos aparelhos digitais e internet. Isto pode de facto afectar, e muito, a nossa saúde mental e física. É uma adição como qualquer outra. E pode vir a ser uma doença comum na sociedade. E eu não quero fazer parte dessas estatísticas.

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