Há umas semanas atrás fui contactada por uma pessoa de família que me perguntava se não queria ficar com a gatinha que eles tinham encontrado e que agora está com cerca de 5 meses. Ela é mansinha, extremamente bonita, não dá muito trabalho mas a família estava com um grande problema. Vão trabalhar para Timor-Leste e não a podem levar, nem têm com quem a deixar. E por gostarem muito dela andavam numa aflição de lhe encontrar um lar. Vai daí... perguntaram-me a mim, ao que eu prontamente, embora com pena, respondi que não. Que não porque o meu gato é adulto, tem o seu território, e a probabilidade da "coisa" correr bem é remota. Comecei logo a antever toda aquela ansiedade que vivi no inicio quando fiquei com o malandro. É que, não obstante de serem muito fofinhos e queridos, são animais, com instinto selvagem, e educá-los e adequarmo-nos a eles e eles a nós não é fácil. Depois disso acontecer percebemos que passam a fazer parte da família e vivem no nosso coração. Mas até aí não vou negar que foi difícil para mim. Talvez porque na altura apenas fiquei com ele por não ter conseguido tê-lo deixado na estrada onde nos cruzámos. Porque na verdade, tinha (e tenho ainda!) medo de gatos e nunca me tinha sequer imaginado a viver com um. Bem... fiquei com o Malandro e hoje adoro-o. Faz parte da minha vida e não concebo um só dia chegar a casa e não o ver. É o meu Malandro!
Voltando à história dos meus primos que me pediram para ficar com a gatinha deles. Respondi que não. E... cá está ela em minha casa. Sim. Não leram mal. Respondi-lhe que não. Mas... que poderíamos tentar juntá-los só para ver como se davam. E, contra todas as expectativas e preparativos nesse sentido, a primeira vez que os juntámos... olharam fixamente um para o outro, arrufaram-se, assanharam-se e miaram durante umas longas 3 horas. Mas não entraram em conflito directo. O que para nós foi algo completamente inédito. Eles cheiraram-se, deram umas patadinhas um no outro, uma ou outra mordidela... mas passado algum tempo brincaram, perseguiram-se um ao outro, e quando demos por isso já comiam das tigelas um do outro e usavam a mesma caixa de areia. Ficámos atónitos... :D
No entanto, e embora as coisas tenham estado a correr de forma mais ou menos pacífica, por vezes há momentos muito tensos, em que rosnam e se mordem um ao outro. Penso que ainda não estão no mesmo "comprimento de onda" mas creio (e desejo) que cheguem lá daqui a algum tempo.
Da minha parte só me resta observar e fazer pela boa saúde de cada um e dos dois em comum. Ele está educado e estou até orgulhosa dele. Não tem mau íntimo, abstém-se de usufruir das coisas dele, e fica apenas a observá-la de longe. Ele simplesmente permite que ela ande pela casa, brinque com as coisas dele, coma da comida dele, só ainda não quer é muitas aproximações e aí fica zangado e enraivecido.
Ela é uma doida que se farta de correr a toda a velocidade dentro de casa, quer é brincar e morder tudo o que encontra (especialmente o rabo do Malandro!!!). Agora a minha parte da tarefa é educá-la a viver connosco. E acreditem... não está a ser fácil. Ela é.... gata! Muito decidida, teimosa, altiva e não aceita cá repreensões, palmadinhas ou chamadas de atenção. E não hesita em espernear e morder se se sentir contrariada. Portanto há aqui muito trabalhinho a fazer com esta pequenina.
Não vou ainda mostrar fotos pois como referi considero que ainda estou em processo de adopção e não sei como vão correr as coisas e se fico mesmo com ela ou não. Mas posso adiantar que ela é lindíssima, parece ser de (traçada) raça azul russo ou korat e tem raríssimos olhos cor de âmbar. É bonita. :)
Assim que possível mostro a bichana. :))
Wish me luck!!
Comentários
As coisas até estão a correr bem, dadas as expectativas! Já conseguem estar perto um do outro sem muita desconfiança e fartam-se de brincar. Já partilham a tigela da água e comida (por iniciativa deles) e a caixa de areia. Foi tudo tão rápido!!
Veremos como correm os próximos tempos!! ;) Vou dando notícias.
beijinho grande para ti Zé!