Hoje de manhã assisti a esta conversa entre duas pessoas de meia-idade:
(...)
Diz a senhora:
- O meu marido...(fazendo uma expressão resignada e um sorriso triste) parecia que estava tudo tão bem... mas afinal tem aquilo... aquela doença que agora está na moda.
Responde o senhor:
- Da moda não, é até bastante antiga!
Resposta da senhora:
- Pois é. Mas já viu que há cada vez mais casos?!
(...)
Duas coisas principais a reter deste diálogo. Em pelo século XXI, "cancro" ainda é palavra proibida, temida, e tabu. Como se pronunciando esta palavra estivéssemos de quaquer forma a atrair a doença para nós ou para os nossos. Segunda coisa... dizer que há cada vez mais casos de cancro talvez seja inconsequente (talvez tanto quanto o que vos escrevo de seguida!!). É que pode até ser verdade, mas não conseguimos comprovar isso.
Todas as pessoas têm de morrer, ponto final. Uns de morte acidental, outros de morte natural. Novos e velhos, ricos e pobres... a todos lhes espera o mesmo fim. A mim, a ti, a ele, a nós, a vós e a eles. A todos, sem excepção. Creio que antigamente já muita gente morria com cancro. E talvez as percentagens não estivessem muito díspares das actuais. Não sabemos. Muita gente morria e não se chegava a saber do quê!
Opiniões há muitas e a minha é a de que o cancro (consiste no crescimento anormal de células que afectam o
normal funcionamento dos nossos orgãos vitais, levando o organismo à
falência) é uma doença antiga e não acho que hajam cada vez mais casos. Acho apenas que os meios de diagnósticos são cada vez mais e muito mais apurados. Portanto conseguem detectar-se mais casos. Além disso, hoje em dia as pessoas estão cada vez mais bem informadas. Muitas vezes podem não ter acesso a bens esseciais mas têm acesso à informação (não há cão nem gato que não tenha um computador, um tablet ou mesmo um telefone com acesso à internet... e isto dava outra análise sociológica, mas fica para depois!!), e portanto as pessoas estão muito mais atentas a sinais e sintomas. Por vezes até, de forma hipocondríaca e exagerada, mas no geral, conseguem pesquisar sobre eventuais doenças que possam estar a afectá-los e quando se dirigem ao médico já têm uma ideia do possível dasgóstico. Portanto, ao mínimo sintoma as pessoas dirigem-se ao médico e fazem exames. Detectando, ou não, a doença.
O caso do cancro dá muito que pensar. Obviamente que o estilo de vida sedentário e/ou sobrexposto a demasiados químicos e artificialidades e demais agressores ao nosso organismo (modo de vida que caracteriza os nossos dias), aliados a excessos alimentares e excessos de medicação... com certeza contribuem para mais doenças e mais morbilidade. Mas será apenas o cancro, o resultado certo dessa equação?! Então haverão mais casos sim, devido ao estilo de vida. Talvez então estejamos a tratar mal dos nossos sagrados corpos. Talvez não estejamos a tomar as melhores decisões para vivermos bem, e assim o nosso organismo está completamente desregulado e doido... gerando células onde não fazem falta e fazendo-as crescer sem termo nem medida. Como se o nosso próprio corpo também tivesse direito a estar mal de raciocício, coisa até aqui exclusiva da nossa cabeça. Não é apenas o nosso cérebro que "pensa". Eu penso (...) que todo o nosso organismo tem pensamento. Capacidade de organização e racionalização. Capacidade de combate contra ameaças e capacidade de gerar estratégias próprias na abordagem a cada desafio.
No entanto, antigamente haviam também casos de cancro e a vida era vivida de forma muito mais natural e saudável. Será portanto que antigamente parecia haver menos casos porque havia menos diagnóstico (e também menos abordagens terapêuticas)... ou será que, alidado a um estilo de vida mais simples, o facto de não se detectarem, deixava que os organismos doentes tentassem resolver a doença por si e alguns se conseguissem de facto curar e regenerar (eliminar as células doentes)? É o mesmo que dizer, as pessoas nem chegavam a saber que estavam doentes, e o seu próprio corpo "tratou" a doença. Será muito absurdo pensar nisto? Talvez não seja em alguns casos! Eu cada vez mais creio que não. Não defendo com isto que todas as abordagens actuais ao cancro estejam erradas, mas se pensarmos bem não é por acaso que os métodos mais inovadores de tratamento do cancro tentam regressar à origem celular, e se fazem através do sangue e das células, dotando o organismo de armas que combatam a doença de forma integrada e adequada a cada um. E não ingerir um medicamento ou expor-se a radiação que mate células sem olhar ao seu tipo e origem. O sucesso daquela abordagem dependerá do nível da doença e obviamente da exposição continuada a factores potenciadores da doença, bem como genéticos, mas acredito que, principalmente devemos proteger-nos, se tratarmos bem o nosso organismo, se o fizermos feliz (!), ele será saudável e terá a força e conhecimento necessários para combater eficazmente as agressões externas, sem ficar extenuado, sem produzir "à maluca" células e dispersar energia. E talvez nunca precisemos de tratamentos farmaceuticos e afins. E assim, idealmente, teríamos mais saúde, mais vigor e energia, a cada doença combatida tornarnos-íamos mais fortes e resilientes, e só morreríamos velhinhos, de forma serena e silenciosa, pelo facto do nosso corpo ficar naturalmente enrugado e cansado... com vontade de descansar mais prolongadamente.Tudo naturalmente.
Não sou naturalista pura mas cada vez mas acredito que a simplicidade e naturalidade das coisas é a resposta à maior parte dos problemas que actuamente nos afligem.
Não sou naturalista pura mas cada vez mas acredito que a simplicidade e naturalidade das coisas é a resposta à maior parte dos problemas que actuamente nos afligem.
Pensem nisso. Pode parecer estapafúrdio (!%$"&)... mas talvez o nosso organismo, a natureza e a própria vida sejam bem ou ainda mais perfeitas do que aquilo que nos conseguimos aperceber ou calcular. Podemos ter mais maquinaria e inteligência artificial mas nunca conseguiremos equipararmos ao poder do que tem de ser. Ao poder da natureza. E quanto mais a desafiar-mos mas ela nos mostrará o quão pequeninos e frágeis nós somos.
De qualquer forma, em "Roma sê romano". Temos de nos adaptar e tentar perceber a realidade em que vivemos e os meios de que dispomos. E unir opiniões e dissertações. Para quem achar interessante e útil, saiba que existe actualmente um site informativo e integrativo sobre o cancro, em Portugal, o Onco+, lançado no passado dia 4 de Outubro. "O Onco+ é um portal informativo.Tem como objetivo permitir que a população em geral e em especial os doentes oncológicos e seus familiares/cuidadores tenham acesso à maior e mais credível informação possível, com rigor científico, de forma a compreenderem e/ou conviverem melhor com o que significa o cancro.O evento “Juntos somos mais fortes” pretende informar, tirar dúvidas e encaminhar o público para um especialista, em caso de necessidade, acreditando que um cidadão informado será um cidadão melhor tratado." (in portaldasaude.pt)
De qualquer forma, em "Roma sê romano". Temos de nos adaptar e tentar perceber a realidade em que vivemos e os meios de que dispomos. E unir opiniões e dissertações. Para quem achar interessante e útil, saiba que existe actualmente um site informativo e integrativo sobre o cancro, em Portugal, o Onco+, lançado no passado dia 4 de Outubro. "O Onco+ é um portal informativo.Tem como objetivo permitir que a população em geral e em especial os doentes oncológicos e seus familiares/cuidadores tenham acesso à maior e mais credível informação possível, com rigor científico, de forma a compreenderem e/ou conviverem melhor com o que significa o cancro.O evento “Juntos somos mais fortes” pretende informar, tirar dúvidas e encaminhar o público para um especialista, em caso de necessidade, acreditando que um cidadão informado será um cidadão melhor tratado." (in portaldasaude.pt)
Comentários