Não concordo nem compreendo posições extremistas, radicalistas, fundamentalistas. Porque a verdade, é una sim, mas ninguém (ninguém!) tem acesso a essa verdade de forma total. Por isso ninguém nem nenhuma religião pode alegar comportar em si a verdade absoluta, mas apenas mais uma perspectiva dessa verdade. Ela é simplesmente demasiado complexa e grande para que a possamos sequer conseguir vislumbrar, e no entanto, isso também não é algo necessário à vida.
Não me considero totalmente agnóstica pois sinto que existe algo superior mas simultaneamente perto e dentro de nós. Algo presente. Mas, de facto, não precisamos saber o sentido de tudo para podermos viver. Aliás, talvez a busca desse sentido seja precisamente aquilo que pode justificar e compor o nosso caminho. Mas devaneios e pensamentos aleatórios à parte... preocupa-me bastante o fundamentalismo que estamos neste momento a assistir. Parece que quem não acredita no profeta X ou no Deus Y é um inimigo e um alvo a abater. Essa resistência e adoração cega estão a ser feitas essencialmente através da violência. Desde quando é que Alá através de Maomé mandou que se matassem os não crentes (ou infiéis como lhes chamam...)? Desde quando é que Deus através de Cristo mandou colocar na fogueira os hereges? Quer-me parecer que nunca!! Isso não é arte deles! É dos homens! Essas acções mais ofendem do que agradam os vossos supostos deuses e profetas... que mais não são do que vossos alibis!
Não me considero totalmente agnóstica pois sinto que existe algo superior mas simultaneamente perto e dentro de nós. Algo presente. Mas, de facto, não precisamos saber o sentido de tudo para podermos viver. Aliás, talvez a busca desse sentido seja precisamente aquilo que pode justificar e compor o nosso caminho. Mas devaneios e pensamentos aleatórios à parte... preocupa-me bastante o fundamentalismo que estamos neste momento a assistir. Parece que quem não acredita no profeta X ou no Deus Y é um inimigo e um alvo a abater. Essa resistência e adoração cega estão a ser feitas essencialmente através da violência. Desde quando é que Alá através de Maomé mandou que se matassem os não crentes (ou infiéis como lhes chamam...)? Desde quando é que Deus através de Cristo mandou colocar na fogueira os hereges? Quer-me parecer que nunca!! Isso não é arte deles! É dos homens! Essas acções mais ofendem do que agradam os vossos supostos deuses e profetas... que mais não são do que vossos alibis!
Respeito não apenas a religião de cada um mas, principalmente, o direito que considero que cada ser humano tem de escolher aquilo em que quer ou não acreditar. Desde que essa crença promova o bem e não interfira com o direito dos outros.
Se analisarmos bem, todas as religiões do mundo têm sempre algo em comum. Algo superior a nós que promove a unidade de todas as coisas e as explica. Ora esse algo superior (quem uns chamam Deus cristão, outros Alá, outros Buda, outros Khrisna ou Vishnu ou outra divindade hinduísta, etc...) fez-nos para que nos uníssemos e promovêssemos a harmonia e o amor nas nossas vidas. Não que provocássemos o mal, o sofrimento, a destruição, a morte infligida e a violência. Isso é exactamente o caminho contrário!
Como se quer expandir uma mensagem de bem espalhando o mal e o terror?! Que mentes (algumas preocupantemente bastante instruídas) se deixam render a essa lavagem cerebral que serve um desígnio muito diferente do suposto?!
O sagrado não precisa de um império, dinheiro, armas, sangue, terrorismo nem punições. O sagrado está em nós. Nuns de uma forma, noutros de outra... e cada um à sua maneira se aproxima da verdade. Respeitemos quem é diferente. Sejamos amigos. Partilhemos conhecimento. Mas não tentemos fazer do sagrado um pretexto para outros fins que tudo são menos religiosos ou espirituais.
A religião sempre foi usada para expansão de territórios e poder. Daí a descrença em que consecutivamente incorre... Os próprios cristãos não podem agora criticar os muçulmanos, porque o cristianismo foi imposto a muitos povos. O cristianismo e a evangelização cristã também se fizeram em grande parte através da guerra. Santa diziam eles... E agora estamos a assistir a mais do mesmo.
Isto deixa-me pensativa e muito, muito apreensiva. Estamos a regressar ao passado. A humanidade não está a conseguir evoluir e sair do círculo da mediocridade e mesquinhez.
Reparem no perfil de jovens que aderem a este "movimento". Reparem nas semelhanças dos seus backgrounds. São maioritariamente jovens que se sentiam perdidos ou desanimados, um pouco à margem da sociedade, sedentos de algo em que possam acreditar piamente e em algo que lhes dê uma sensação de protecção e justificação, e são também jovens à procura de actos heróicos, como se a vida fosse um filme e valesse a pena fazer-se explodir e matar outras pessoas inocentes só para... ficar bem na fotografia e serem adorados. O problema e a causa disto tudo é sempre a mesma... falta de amor. Falta de amor próprio. Falta de amor nas famílias. Falta de amor romântico. Falta de amor na sociedade em geral. Falta de amor uns pelos outros. Falta de amor.
Porque é que em vez de bombas, granadas, facas, armas, balas e pólvora não inventam algo que permita atingir as pessoas e dar-lhes isso sim... novas noções de vida e grandes doses de amor?! Ah já sei... isso talvez não fosse muito lucrativo....
:X
P.S.: Eu não sei o dia de amanhã. Tmabém eu me posso vir a tornar fundamentalista, cega e devota. Quem me diz a mim que também eu não poderei vir a tornar-me naquilo que agora não compreendo.
Quem me diz a mim que eu não vou andar por aí a distribuir revistas e a falar de Jeová, ou que me tornarei uma beata e assídua da Igreja, ou dê entrada num mosteiro budista e não saio de lá, ou numa mesquita a rezar em direcção a Meca... quem sabe. Hoje não me vejo a fazer nenhuma dessas coisas. Mas se um dia as fizer, será de coração pois não consigo encarar essa "entrega" de outra forma. Que me salve o futuro de atitudes que no seu âmago sejam condenáveis e imperdoáveis. Que o futuro, e Deus, a existir, me livrem disso.
P.S.: Eu não sei o dia de amanhã. Tmabém eu me posso vir a tornar fundamentalista, cega e devota. Quem me diz a mim que também eu não poderei vir a tornar-me naquilo que agora não compreendo.
Quem me diz a mim que eu não vou andar por aí a distribuir revistas e a falar de Jeová, ou que me tornarei uma beata e assídua da Igreja, ou dê entrada num mosteiro budista e não saio de lá, ou numa mesquita a rezar em direcção a Meca... quem sabe. Hoje não me vejo a fazer nenhuma dessas coisas. Mas se um dia as fizer, será de coração pois não consigo encarar essa "entrega" de outra forma. Que me salve o futuro de atitudes que no seu âmago sejam condenáveis e imperdoáveis. Que o futuro, e Deus, a existir, me livrem disso.
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