Sempre achei os testes de QI uma coisa muito linear e portanto lacónica. A inteligência não se pode resumir a umas quantas perguntas que x pessoas se lembraram de achar importantes para calcular níveis de raciocínio. Porque é que se pergunta sobre A mas não se pergunta sobre B? Porque é impossível de averiguar o raciocínio sobre todas as coisas? Sim, claro, portanto a forma que temos de avaliar a inteligência é tal qual como ela própria na forma humana, limitada.
Ninguém até à data conseguiu compreender e alterar as leis da natureza pois não?! Ninguém até à data conseguiu ser um génio matemático e simultaneamente ser igualmente excelente em todas as outras actividades conhecidas. Portanto os níveis superiores de inteligência humana têm-se revelado isoladamente, por grandes áreas de conhecimento, e não de forma total.
Ninguém até à data conseguiu compreender e alterar as leis da natureza pois não?! Ninguém até à data conseguiu ser um génio matemático e simultaneamente ser igualmente excelente em todas as outras actividades conhecidas. Portanto os níveis superiores de inteligência humana têm-se revelado isoladamente, por grandes áreas de conhecimento, e não de forma total.
Dizer que a pessoa x é muito inteligente é muito relativo e nem sempre constitui um elogio. Há mentes brilhantes mas simultanea e profundamente perturbadas (há até quem defenda que a sua excelência numa dada área se deve a um excesso anormal canalizado nessa vertente por oposição a defeito nas restantes...). O autismo, a psicose, a esquizofrenia são exemplos claros disto. Estas pessoas normalmente são muitíssimo boas ou fortes nas ciências exactas, nas artes, mas muitíssimo más ou fracas na interacção social, na integração na sociedade e por conseguinte na construção da sua própria felicidade.
Ora, dado isto, pergunto-me... mas vale a pena ser (dito) inteligente se não conseguir ser feliz? Não, claro que não. Nesse caso a inteligência é apenas mais um handicap nas nossas vidas e não uma mais-valia!
Para mim inteligência é obviamente conseguir perceber facilmente as coisas (de áreas diversas, em diversos momentos e em diversos ambientes), é ter poder de adaptação e também de persuasão, é perceber a importância e o significado real das coisas quando elas acontecem e tomar decisões de forma segura, e é... conseguir viver a vida com descontracção e com um sorriso nos lábios, ou seja, é conseguir aceitar que de inteligentes temos (acesso a) muito pouco. É ser humilde portanto! É ser-se simples (não simplista)!
E...optimista, e criativo! E... bem-humorado! :)))
Essa é a ideia que tenho de pessoas que considero inteligentes.
Essa é a ideia que tenho de pessoas que considero inteligentes.
"When I was in the army, I received the kind of aptitude test that all soldiers took and, against a normal of 100, scored 160. No one at the base had ever seen a figure like that, and for two hours they made a big fuss over me.
(It didn't mean anything. The next day I was still a buck private with KP - kitchen police - as my highest duty.)
All my life I've been registering scores like that, so that I have the complacent feeling that I'm highly intelligent, and I expect other people to think so too.
Actually, though, don't such scores simply mean that I am very good at answering the type of academic questions that are considered worthy of answers by people who make up the intelligence tests - people with intellectual bents similar to mine?
For instance, I had an auto-repair man once, who, on these intelligence tests, could not possibly have scored more than 80, by my estimate. I always took it for granted that I was far more intelligent than he was.
Yet, when anything went wrong with my car I hastened to him with it, watched him anxiously as he explored its vitals, and listened to his pronouncements as though they were divine oracles - and he always fixed my car.
Well, then, suppose my auto-repair man devised questions for an intelligence test.
Or suppose a carpenter did, or a farmer, or, indeed, almost anyone but an academician. By every one of those tests, I'd prove myself a moron, and I'd be a moron, too.
In a world where I could not use my academic training and my verbal talents but had to do something intricate or hard, working with my hands, I would do poorly.
My intelligence, then, is not absolute but is a function of the society I live in and of the fact that a small subsection of that society has managed to foist itself on the rest as an arbiter of such matters.
Consider my auto-repair man, again.
He had a habit of telling me jokes whenever he saw me.
One time he raised his head from under the automobile hood to say: "Doc, a deaf-and-mute guy went into a hardware store to ask for some nails. He put two fingers together on the counter and made hammering motions with the other hand.
"The clerk brought him a hammer. He shook his head and pointed to the two fingers he was hammering. The clerk brought him nails. He picked out the sizes he wanted, and left. Well, doc, the next guy who came in was a blind man. He wanted scissors. How do you suppose he asked for them?"
Indulgently, I lifted by right hand and made scissoring motions with my first two fingers.
Whereupon my auto-repair man laughed raucously and said, "Why, you dumb jerk, He used his voice and asked for them."
Then he said smugly, "I've been trying that on all my customers today." "Did you catch many?" I asked. "Quite a few," he said, "but I knew for sure I'd catch you."
"Why is that?" I asked. "Because you're so goddamned educated, doc, I knew you couldn't be very smart."
And I have an uneasy feeling he had something there.
Autobiography by Dr. Isaac Asimov (1920–1992):
It's Been a Good Life"
Outro artigo de opinião que achei interessante sobre o tema: ver aqui.
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