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Pois é... mesmo isto!


Recebi há dias um texto/reflexão que achei muito pertinente. Não sei quem é o autor mas aqui fica a minha homenagem e tentativa de reprodução do mesmo:

"Num evento a nível mundial foram colocadas as seguintes questões: (tentem responder agora vocês também...)

- Para o que é que tu vives?

A maioria das pessoas responde: - Para trabalhar!

Então, responde agora novamente: - Para o que é que trabalhas?

As respostas são... - Para ganhar dinheiro!

E para que é que queres ganhar dinheiro?

Resposta: - Para poder comprar coisas!"

Há algo de errado nisto não concordam? Conclusão: Vive-se para trabalhar, trabalha-se para ganhar dinheiro e ganha-se dinheiro para... comprar coisas! Vive-se para consumir!

Acho que em outro momento algum da História a Humanidade foi tão materialista, consumista, egocêntrica e narcisista. Passámos do "penso, logo existo" paa o "compro, logo existo".
Isto evidencia que estamos gravemente doentes! Centrados no dinheiro e conforto material. Basicamente estamos a atravessar um agreste deserto espiritual. Por essa razão é que há cada vez mais casos de doenças mentais, depressões, insónias, crises de ansiedade, estados psicóticos, vícios, e afins. Nunca a indústria farmaceutica vendeu tantas drogas para as perturbações mentais e emocionais...
No meio de tanta informação as pessoas estão cada vez mais desiludidas, descontentes e desmotivadas.

Há portanto que, chegados a este ponto de constatação e reflexão, repensar os rumos da nossa vida!

Perceber que ser rico não é ter muitas coisas. É não precisar de muitas coisas!

Ser livre é ter tempo para nos dedicarmos às coisas que nos motivam e que promovem o bem, a inovação, a criatividade, o amor. As pessoas hoje em dia têm tantas coisas, tantos gadjets que compraram para, supostamente, lhes facilitar a vida e poupar-lhes tempo, mas acabam por ficar presas a tanto aparelho e tecnologia, numa prisão auto-imposta e desconcertante.

Portanto, um dos caminhos para a liberdade e felicidade é começar por consumir pouco... gastarmos tempo sim mas a convivermos, a sermos amigos dos outros e da natureza, a sermos criativos e alegres. A fomentar a cultura e o conhecimento, que, em última análise, essas são as bases de uma vida plena, com sentido, com estrutura. Na construção de uma sociedade melhor.

...inspirado na vida e palavras do inegualável... José Pepe Mujica...

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