Na minha singela e devaneante opinião, o efectivo desafio nas ciências que estudam e abordam o corpo e organismo humano, e por conseguinte a vida humana, tentando explicar e controlar biologicamente os seus estados de saúde e doença (ou falta de saúde) não deveria focar-se tanto no desenvolvimento de meios de tratamento ou atenuação de estados de doença. Isso é irrelevante ainda que seja apenas aquilo que actualmente conseguimo-nos propor a fazer. Num futuro longínquo e mais evoluído, a abordagem à saúde vai passar a ser totalmente preventiva. (E num futuro ainda mais longínquo que esse... não vamos precisar de prevenção porque... a vida como a conhecemos vai deixar de existir... yup...). Na fase de prevenção, todos os estados de doença são identificados a priori. Até aí, temos de conseguir identificar o momento exacto em que a doença (e em todos os tipos de doença) nasce no nosso organismo e temos de conseguir identificar também cada um dos factores específicos que a causou, de forma inequívoca e significativa. Basicamente estamos a tentar obter conhecimento lendo o livro da vida do fim para o príncipio! O que não deixa de ser engraçado! A doença nasce ao mesmo tempo que a saúde morre, disso não há dúvida. Num ponto exacto do tempo e do espaço. Para cada verso o seu reverso. A ocorrência de doença é existência de equilíbrio natural. É a forma que a vida encontrou de aperfeiçoar-se. Precipitanto a sua continuação ou a sua extinção.
Como é sabido, começamos a morrer no dia em que nascemos. As nossas células vão oxidando dia após dia precisamente pela acção dos elementos de que necessitamos para sobreviver (irónico não é?!) , tanto na fase de crescimento, como na fase adulta/madura, como na fase decadente. A única diferença entre estes principais momentos de existência de vida é o que ainda não conseguimos explicar. Os níveis de energia vital são a única diferença. Uns, como eu, chamam-lhe energia (mas de onde vem essa energia?!), outros chamam-lhe simplesmente vida ou saúde (!), outros alegam ser um milagre (porquê?), ou ainda uma dádiva (mas de quem?). Cada aparente explicação que tentamos alegar só parece estar a aumentar o número de perguntas... já repararam nisso? O desafio é identificar a origem concreta da vida e por conseguinte se descobrirá a explicação para cada estado: biológico, físico, psicológico, emocional, mental e espiritual. E quem sabe... se descobrirá o próprio sentido da vida!... Tudo se encadeia de forma perfeita. E quem sabe a explicação vai ser afinal uma coisa tão simples que vamos perceber que sempre a soubémos! Mas estávamos tão focados na sua procura que negligenciámos isso!
Num futuro distante vamos então (e talvez) voltar ao passado. Porque todas as coisas se harmonizam, mais cedo ou mais tarde. Vamos constactar que toda a parafernália em torno da doença e das curas e dos tratamentos é inútil (a Medicina de hoje em dia ainda é arcaica, sim... e muito!) e muita coisa poderia (ou deveria) ter sido evitada logo à partida.Vamo-nos aperceber que a natureza é sábia. E nós não devíamos tentar alterá-la consecutivamente. Podemos tentar compreendê-la mas nunca devíamos tentar interferir no seu curso natural. Que é o que temos estado a fazer há milhões de anos... E essa invasão provocou (e continua a provocar) acontecimentos, estados de doença e degeneração em catadupa, com butterfly-effect, atravessando gerações e territórios. O momento exacto em que a doença ocorre corresponde à chave do enigma que todas as ciências procuram. Desde a Biologia, Genética, Medicina até à própria Matemática, Física e Cosmologia. Porque esse momento, em termos conceptuais, é igual ao momento em que a própria vida se gera, de forma quase instantânea. Num piscar de olhos... ;) De forma tão subtil quanto pujante e imperativa.
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