Comecei a ver por mera casualidade. E logo aí percebi que se tratava de uma série um bocado antagónica. (Gostei, portanto...) Pesada e simultaneamente muito leve, normal e banal. Pesada no enredo, na realidade crua e dura que representa mas nunca deixando de ter alguma comicidade e boa energia. Tem romance, nostalgia, comédia, sexo, drogas, adições, tabus, violência, vida normal do dia-a-dia, educação, trabalho, e demais desafios e peripécias que podem acontecer a qualquer um... desavergonhado...! A mensagem principal, a meu ver, é... a vida é dura mas vive-se um dia de cada vez e se possível com um sorriso na cara e... se possível também a fazer um enorme pirete (yeahhhh!!!) para todos os obstáculos que vão surgindo!
A minha personagem preferida não é principal, e não sei explicar porquê mas é o que mais gosto. É o Ian Gallagher (US version). É o terceiro mais velho dos filhos nesta família disfuncional. Tem uma personalidade intricada, com várias facetas em simultâneo mas sem ser dissimulado ou falso, muito pelo contrário, é um miúdo muito sincero. "He’s smart and he’s tough and he's brave and he’s really caring and
responsible—and I think that’s not always shown in one character". É um adolescente, é gay, muito disciplinado, educado, tanto forte como sensível. Gosto imenso desta personagem. Transmite normalidade num ambiente e situações caóticas, e uma forma diferente de lidar no que respeita ao tabu da homossexualidade, em que ele, sendo jovem e impetuoso, consegue abordar de forma muito natural e madura. Consegue ser positivo e sereno perante o abismo. E... talvez essa dualidade constante expliquem o facto de parecer ser doente bipolar.
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