A beleza e seu conceito (definido e apercebido) é algo muito subjectivo, não só entre pessoas mas até entre diferentes culturas, e não será por acaso que tem despertado ao longo de anos dissertações transversais sem que o resultado seja suficientemente... satisfatório, agradável, prazeiroso... sendo afinal isso concretamente a que ela própria se resume.
A experiência da beleza é diferente também no tempo e na história da Humanidade. Porque é que na Antiguidade a beleza era associada à proporção ou simetria e hoje em dia, embora ainda permaneça, quase intrinsecamente, aquela referência, passámos também a valorizar e a apreciar o que inspire desordem. Veja-se o exemplo da arte contemporânea ou pós-moderna que cada vez mais se desenrola em obras algo caóticas, disformes, distorcidas e até chocantes... como se os acontecimentos que nos trouxeram até hoje exigissem agora um extravazar e rebentar assustador, avassalador do que temos sido, e do que continuamos a ser.
Não sei então se é mesmo uma consequência do passado e acompanhe assim a nossa evolução. Se isso nos completa ou se significa que estamos é cansados e dormentes, e esses manifestos de agrado pelo caos sejam sinais de que andamos a vacilar e a desviar (mo-nos). E talvez sejam isso mesmo... sinais... de alarme!
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