Era uma vez uma miúda com uma sorte do caraças... elevada a -1, que é como quem diz, o inverso! Não havia boas intenções nem sentido de justiça que a safasse. Todas as coisas que fazia, inclusive as de boa intenção e sentido de justiça, só se conseguiam concretizar à custa de mal-entendidos, brigas, discussão e destruição. Todo um filme que nem ele própria poderia imaginar! Nunca nada decorria de forma simplesmente fluída e sem problemas. Tudo era conseguido sempre com o máximo esforço, sacrifício e ansiedade. Seria esse o preço a pagar? Mas porque tem de haver um preço? Se uma pessoa faz as coisas bem, promove a justiça e a segurança, porque é que todos me caem em cima e me dizem constantemente que o que fiz está errado... que a intenção foi muito boa e tal mas que é preferível a ignorância, o perigo, a mentira e a injustiça em nome da paz. Mas qual paz?! Que raio de paz é essa que se baseia em medos e mentiras?! Juro que não compreendo... penso e penso... e não compreendo. Não compreendo porque tenho de travar batalhas constantemente. Estou cansada, completamente extenuada. E mal dos males... às vezes eu própria já me pergunto se não será mesmo melhor ser como os demais... pelo menos teria uma existência bastante mais calma e menos conflituosa.
Ou eu ando a ver tudo ao contrário ou ando é cada vez mais farta de não conseguir compreender esta m"&%$# de sociedade.
Às vezes sinto-me dentro de uma história Kafkaniana.... perdida algures num embrulho absurdo e improvável de circunstâncias surreais, num emaranhado de situações semelhantes a um labirinto sem saída... de tal forma que é de uma pessoa (+-) sã endoidecer rápida e completamente!
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beijo grande